MOJU DO PARÁ

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MOJU, PARÁ, Brazil
ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS HISTÓRICO O município de Moju originou-se de um povoado fundado nas terras de Antônio Dornelles de Sousa, localizadas dentro da área patrimonial da freguesia de Igarapé-Miri. Segundo Palma Muniz e Theodoro Braga, esse povoado era conhecido com o nome de Sítio de Antônio Dornelles. Após ter sido doado à Irmandade do Divino Espírito Santo, recebeu a invocação do santo da irmandade. Em julho de 1754, por ocasião da visita feita ao lugar pelo Bispo do Pará, Frei Miguel de Bulhões, o povoado foi elevado à categoria de Freguesia.

GINA LOBRISTA E BANDA

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sexta-feira, 17 de julho de 2009

FESTIVIDADE DO DIVINO ESPÍRITO SANTO, NO MONICÍPIO DE MOJU






























Conta a estória popular que um dia, à tardinha, quando um senhor chamado Dornelles estava na ponte de sua fazenda avistou algo brilhar a margem do rio Moju, que lhe chamou atenção e logo mandou um de seus escravos averiguar qual objeto produzia tal brilho. O escravo retirou então da lama um objetou dourado em forma de pomba, que logo foi identificado como a pomba do Divino. Antônio Dornelles de posse da Pomba do Divino mandou confeccionar uma coroa de prata para colocar a Pomba, e erigindo uma pequena capela que logo se tornou centro de animação da fé do povo mojuense. Na visita do bispo de Belém, Dom Miguel de Bulhões, Dornelles propôs ao Bispo que daria suas terras ao Divino Espírito Santo se ali fosse erigida uma freguesia, proposta que muito agradou o bispo que, então, erigiu a freguesia em junho de 1754.
No domingo pela manhã os veículos fazem o percurso inverso até a cidade, onde o círio prossegue com as pessoas caminhando pelas ruas. Muitos são os romeiros que participam pagando promessas, pedindo ou agradecendo graças, entre elas destacando-se crianças vestidas de anjos, pessoas carregando velas, etc. A procissão prossegue até Matriz onde há o encerramento com a missa, e logo após o almoço no salão paroquial. E na tarde desse mesmo dia, levanta-se o mastro.
A semana inteira acontece às novenas e o arraial. As novenas são organizadas pelas várias comunidades existente na cidade, cabendo a equipe paroquial organizar para cada noite um tema ligado com a caminhada da igreja. Nestes dois últimos anos, por se estar preparando os 250 anos da paróquia os temas estão relacionados a esse evento. As novenas não se reduzem somente à semana da festa.
Uns vinte dias antes da festa são organizados novenas nas famílias tanto do interior quanto na cidade, para isso a Igreja conta com dezoito grupos, chamados de evangelização, que vão de casas em casa fazendo as celebrações. Também antes da semana da festa um grupo de senhoras realiza a folia, pela parte da madrugada, visitando as casa com a Coroa ou com a bandeira do Divino. Elas se dizem bem recebidas a prova disso são os donativos (dinheiro) que o Divino recebe.

Existem em Moju, duas Coroas do Divino. Uma menor que o povo reconhece como a mais antiga e cuja pombinha seria a tal que Antonio Dornelles viu brilhar a margem do Rio Moju. A segunda dita a mais nova, é bem maior e na bandeja têm uma inscrição datando de 01 de novembro de 1878, sendo que o mandante desta confecção foi o senhor Queiros. Ambas são de prata com a pomba de ouro (segundo populares), de uns trinta e cinco centímetros de largura por cinqüenta de altura onde em cima, num globo está uma pomba dourada. Nas coroas é notório o envelhecimento e o mau uso visto que são varias as danificações apresentadas. Também populares contam que as coras eram muito mais ornadas, devido vários roubos elas estão somente com as pombinhas de ouro. O cetro de ouro e pombinhas que rodeavam as coroas e que eram ditas de ouro foram roubadas. Até a década de oitenta as esmolacões eram realizadas com as duas Coroas, uma indo para a região do Alto Moju e outra para a região do Baixo Moju



O município de Moju apresenta, como principal manifestação religiosa, as festividades marianas, que ocorrem no mês de maio.Também merece destaque a festa em homenagem ao padroeiro, o Divino Espírito Santo, realizada no segundo domingo de Pentecostes e que, por ser uma festa móvel, pode coincidir com o mês de maio ou junho; em qualquer um dos casos, as celebrações obedecem à tradição: iniciam com o Círio Fluvial, que sai da foz do rio Jambuaçu em direção à sede do Município, onde os festejos têm continuidade com arraial, leilão e ladainha na igreja.Da mesma forma, outras manifestações religiosas do Município merecem destaque, como a procissão de Corpus Christi no mês de junho e a Festa de Nossa Senhora de Nazaré, em dezembro, cujo círio é uma tradição de 101 anos.
Em 1856, com a promulgação da Lei nº 279, de 28 de agosto, a freguesia do Divino Espírito Santo foi elevada à categoria de Vila, com o nome de vila de Moju, e pelo mesmo ato legal, convertida em Município.O patrimônio territorial da vila de Moju ficou estabelecido pela anexação das áreas de influência e atuação das freguesias do Divino Espírito Santo - cuja jurisdição alcançava os rios Acará e Moju -, de São José do rio Acará e de Nossa Senhora da Soledade do Cairari.



















































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