MOJU, RIO DAS COBRAS

Numa tarde calma, na beira do Rio Moju Onde o mururé encalha e o moleque banha-se nuOuço o canto da cigarra que ecoa na mata escura Anunciando que a noite é chegada, trazendo mais cheia a lua Nestas noites é bem sabido por que mora pra estes lados Que é noite de perigo, do dito boto malhado Que aproveita o clarão da लुआ , com seu chapéu de folha de aningaNão há que lhe ofereça recusa, por causa de sua mandinga Quem tem moça dentro de casa não dorme mais sossegado Passa a noite de tocaia, esperando o bicho malvado Há quem não acredite, outros afirmam que já viramUm certo caboclo me disse - "Peguei a espingarda e dei tiro"O boto que vira gente, os meninos da pororoca Cobra-Grande, Noratinho,Histórias do Rio-das-Cobras